quarta-feira, 9 de maio de 2012

Primeira mesa de negociação: governo diz que não tem dinheiro

Hoje pela manhã tb participei da mesa de negociações com Décio Vargas representante do governo na mesa. E como ja era de se esperar, o governo não apresentou nada de concreto. Aliás, a única coisa concreta foi o calendário de negociações. No final da reunião Décio ainda falou que o governo não vai injetar mais nenhum centavo na tabela. Obviamente argumentamos que se os desmandos, coronelismo, o clientelismo, os favoritismo, as políticas erradas para educação e o uso indevido dos recursos do FUNDEB fossem erradicados sobraria dinheiro. Porém, independentemente disso o magistério nacional, depois de décadas de lutas conquistou o piso nacional e ele deve ser aplicado à todos na carreira.
O representante do secretário teve a petulância de dizer o governo vai manter a estrutura da tabela proposta, e a ideia é ficar remanejando índices entre as referências e os níveis, pq se a categoria não veio para a greve é por que concorda com a proposta da SED. UM ABSURDO! Todos sabemos que a postura do governo, foi típica de um Estado fascista com ameaças de demissões, perseguições, impedimento do sindicato nas escolas, falsa propaganda na mídia com dinheiro do povo. Se a educação pública fosse realmente um espaço democrático com eleições para diretores, livre manifestação de idéias nas escolas e verdadeira liberdade de organização dos trabalhadores, certamente a história seria outra.
É preciso que todas as escolas da rede estadual mostrem para a secretaria de educação e o governo estadual que o magistério não está contente com o que eles vem fazendo com a educação catarinense e em especial com a nossa carreira.
Por isso, mandem emails, sms, ligações, cartas, todos os recursos disponíveis para a secretaria da educação mostrando que não aceitamos e nem aceitaremos que debochem ou brinquem com algo tão sério que é a qualidade do ensino e a valorização profissional,

Marcelo Serafim
Dri. de Imprensa do Sinte

oposição CSP-Conlutas Educação

Após a Assembleia fomos a Secretaria de Educação e conseguimos ser recebidos pelo próprio Secretário Deschamps

Após a Assembleia fomos a Secretaria de Educação e conseguimos ser recebidos pelo próprio Secretário Deschamps onde entregamos ofício comunicando a suspensão da greve e pedindo a marcação de reunião de negociação.
Amanhã as 10 horas será a primeira reunião dessa nova rodada de “negociação” (nas outras reuniões o Governo enrolou e só apresentou a proposta na noite que antecedeu a assembleia estadual do dia 17 de abril).
Toda a pauta de reivindicação será retomada: pagamento do piso, concurso público de ingresso, alteração da Lei dos ACT’s e etc.
Perguntado sobre a possibilidade de demissões de ACT’s: “não há ordem de demissão de ACT’s por parte do Governo do Estado, em uma reunião com as Gered’s foi explicado que na atual Lei de Contratação de ACT’s diz que em três dias de faltas consecutivas pode-se impedir a inscrição para pegar aulas no próximo ano letivo”.
Perguntamos sobre a disposição do Governo em relação a reposição das aulas “o Governo quer a reposição das aulas” e discutirá nas reuniões como serão feitas e o não desconto em folha de pagamento.
Perguntado sobre a liberação dos delegados que participarão da Conferência Estadual de Educação do SINTE/SC nos dias 17 e 18 de maio em Lages, ela está sendo estudada e há grande possibilidade.
Entretanto, só nas reuniões de negociação é que se dará a palavra final de como tudo será encaminhado.
MARCUS SODRÉ
SINTE/SC

oposição CSP-Conlutas Educação
A greve acaba, mas a luta continua!

Nos últimos 15 dias travamos uma dura greve contra o Governo do Estado de Santa Catarina (Colombo - PSD). Os trabalhadores em educação mostraram a sociedade que é possível lutar, mas nossa greve foi limitada pela repressão do governo, que mentiu para a população e ameaçou os professores. O governo lançou notas mentirosas na imprensa, orientou os diretores para impedir os comandos de greve de passarem nas escolas e proibirem a exposição de cartazes nas unidades escolares, alem de assediarem moralmente e ameaçarem aos professores, principalmente os ACTS. Um claro ataque ao direito de greve e à livre expressão. Mesmo com tantos ataquem nossa greve contou com um número expressivo de trabalhadores em educação, que com muita coragem enfrentaram a repressão do governo e diretores, e foram a luta por uma educação de qualidade e um futuro profissional melhor.
Os governos e prefeitos de todos os partidos, do PT ao PSDB, e a própria presidente Dilma estão com uma política de cortes e desmonte da educação. Com destaque para os governadores do PT, que poderiam dar o exemplo pagando o piso e foram linha de frente no não pagamento. Chegando ao cúmulo de entrar na justiça contra os trabalhadores em educação para não pagar.
A CUT, central a qual a maioria da executiva estadual é ligada, por sua dependência financeira e atrelamento político com o governo assiste a tudo isso imóvel. Hoje existem 5 greves de trabalhadores em educação pelo piso e carreira mostrando claramente o alinhamento dos governantes contra a educação.


Por que a categoria não veio a luta com toda força?

Além dos fatores já levantados, ou seja, a política terrorista do governo, a categoria não estava preparada para a luta. Existe uma forte desconfiança na direção do sindicato, onde sua maioria é ligada a CUT,  pelo que aconteceu na greve de 2011. Em vários lugares por onde o comando passou a voz era a mesma: quem garante que a coisa não vai se repetir? Por outro lado, será que a direção tinha alguma ilusão no governo em relação a apresentação de proposta, e por isso não preparou a mobilização? O fato é que quando o governo apresentou uma péssima proposta, a categoria não estava pronta para a greve. A direção não explicou e nem deu tempo para a categoria discutir e rechaçar a famigerada proposta de Colombo. 

De volta as escolas: organizar a categoria.


Os professores não entraram de conjunto na greve porque não se sentiram confiantes. O desfecho final da última greve, desmontada e com reposição até 6 de janeiro, a desconfiança na maioria da direção do sindicato e os ataques do governo colaboraram para que a categoria desconfiasse do sucesso da luta. Mas os que não entraram em greve não concordam com o governo, muito pelo contrario, quando passamos nas escolas com o comando de greve todos dizem que estão descontentes e muitos se sentem envergonhados de não estar na luta. Agora de volta as escolas é necessário reconstruir a confiança dos trabalhadores em educação em si mesmo e em suas lutas. Essa não foi a primeira greve nem será a última. Precisamos fortalecer a organização nas escolas, pois o futuro nos trará maiores desafios. Os governos continuaram destruindo a educação pública e com ela nossa profissão.
É necessário uma grande mobilização dos trabalhadores em educação no Estado e em todo o país. Somente pressionando esses governos, que não governam para nós trabalhadores, poderemos conquistar o piso na carreira. Temos que ter uma política sistemática de denuncia do governo até o final do ano. A cada mês uma atividade que mostre para a sociedade que este é um governo inimigo da educação. Logo teremos de erguer essa categoria novamente e desta vez faremos o governo de Santa Catarina tremer


I CONGRESSO DA CSP-CONLUTAS: UMA VITÓRIA DA NOSSA LUTA!
           


O Congresso aconteceu em Sumaré/SP, de 27 à 30 de abril, reunindo 2280 participantes. A Oposição à maioria cutista da direção do Sinte/SC participou com uma delegação de 22 delegados e 06 observadores. Neste congresso participaram delegações do país inteiro representando a luta de trabalhadores da cidade e do campo, organizados em sindicatos ou em movimentos sociais, além da luta da juventude e dos movimentos contra opressões e preconceitos.
            A CSP-Conlutas reafirmou nesse congresso a necessidade de avançar na unidade na luta e com independência de governos e patrões para garantirmos salário, serviços públicos de qualidade, terra, moradia e vida digna. O Congresso foi precedido pelo I Encontro de Mulheres da Central e foi encerrado com um ato de 1º de maio em São Paulo, reunindo mais de 2000 trabalhadores do país inteiro.
            O evento também contou com a presença de uma delegação internacional mostrando como a luta dos trabalhadores é sem fronteiras. Segundo Fátima Ramadan, importante dirigente sindical do Egito, “O capitalismo quer que paguemos a conta da crise. A revolução do Egito deve se espalhar pelo mundo para combater esses ataques”.