quarta-feira, 25 de maio de 2011

A greve continua Colombo a culpa é tua: Governo não paga a lei do piso e tenta destruir nossa carreira

Parabéns a todos nós professores, e trabalhadores em educação, estamos construindo uma forte mobilização na educação de Santa Catarina, 90% de nossa categoria está em greve. É o maior movimento desde a década de 80. Contamos também com um forte apoio popular. Hoje, mais do que nunca, é possível vencer o Governo Colombo e conquistar o piso. A educação, nas palavras do próprio governo em reunião com o comando de greve, “não é prioridade”. O Governo Colombo é inimigo da educação e só recebe o comando de greve porque nosso movimento é muito forte e não pode ser ignorado.
O fato é que o descaso com a educação não se resume a Santa Catarina, a educação está em crise em todo o Brasil e os trabalhadores em educação lutam. Vimos a poucos dias na imprensa um vídeo de uma professora do Rio Grande do Norte, Amanda Gurgel, também militante da CSP-Conlutas, que mostrava o descaso com a educação e expressando nossas angustias. Outros estados estão também em greve: Sergipe, Distrito federal, e Paraíba. Isso mostra que existe uma política nacional de desmonte da educação, aplicada pelos estados. Nós da CSP-Conlutas defendemos que o Governo Dilma invista 10% do PIB na educação e que o Governo Colombo pague o piso já!

Imprensa mente! Colombo não paga piso!

Na noite do dia 23 de maio foi vinculado em toda a imprensa pelo governo Colombo que o piso dos professores teria sido implementado e que deveríamos voltar imediatamente às salas de aula. Só mais uma mentira do Governo para semear confusão e enfraquecer nossa luta. O piso de 1.187 reais não é aplicado ao Plano de Carreira, a proposta de Colombo é a destruição do Plano de Carreira, conseguido por fortes lutas. A proposta do Governo é: quem recebe menos que R$1.187,00 como vencimento passa a ganhar esse valor, os demais não receberão nada de aumento! Essa proposta ataca um pilar da educação: a formação docente, pois sem plano de carreira não existe incentivo para o docente continuar estudando, fazer graduação mestrado ou mesmo doutorado. Os maiores prejudicados são os estudantes que não conseguem concorrer com os filhos dos ricos que estudam em escolas onde os professores têm formação.

Não tem dinheiro para pagar o piso?

Nosso piso custaria 1 Bilhão por ano aos cofres públicos. O governo diz que não tem dinheiro para pagar todo o piso. Mentira! Colombo dá de presente aos importadores do estado 4,5 Bilhões por ano. Só na manutenção das 37 Secretarias de Desenvolvimento Regional são mais 450 milhões anuais. Desvia o dinheiro do FUNDEB para outros órgãos (não podemos afirmar, pois não há transparência, mas ao que nos consta o Ministério Público, Assembléia legislativa e Tribunal de Contas recebem esse dinheiro) esses órgão não podem compactuar com o governo irresponsável que destrói a educação. E por fim Colombo usa a verba da educação para pagar os aposentados, pois os governos “sumiram” com o dinheiro do IPESC. Qual a prioridade do governo? Certamente não é a educação.

Direção majoritária do SINTE (CNTE/CUT)

A direção majoritária estadual de nosso sindicato CUT/PT cumpre um papel nefasto, pois se recusa e denunciar o governo Colombo, uma vez que o governador trocou de partido e está indo para a base do governo Dilma CUT/PT. A CNTE, que a maior parte da categoria nem conhece, é a Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação e se propunha a unir nossas lutas, mas atualmente não cumpre esse papel. Estamos com várias greves e a CNTE se mantém imóvel. Não propõe se quer um calendário para unir as lutas dos trabalhadores em educação e defende um piso salarial rebaixado. Não adianta só colocar o nome da CNTE nos panfletos do sindicato, tem que lutar. Nós da CSP-Conlutas defendemos um calendário de luta unificado nacionalmente, e a implantação imediata do piso já aprovado, com um terço de hora atividade, rumo ao piso do Dieese (R$2.200,00 por 20 horas).
Devemos seguir o exemplo de nossos companheiros da classe trabalhadora que travam grandes lutas aqui no estado, como os trabalhadores de Joinville, no Brasil, as lutas pela educação nos outros estados, e pelo mundo: na Espanha e Europa, Norte da África e Oriente Médio. É preciso lutar pela educação, e é possível vencer.

terça-feira, 24 de maio de 2011

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DA GREVE

Quarta-feira, dia 25 de maio
- 13h30min : Ato contra a desvalorização dos professores de SC, concentração na frente do colégio Simão Hess (Avenida Madre Benvenuta, n. 463, Trindade).
- 14h Grande Ato em repúdio tentativa do governo  de destruir nosso plano de carreira em frente da Assembleia Legislativa
- 18h Reunião do comando de greve municipal de Florianópolis (reunião aberta) no SINJUSC Av. Mauro Ramos, n. 448 em frente ao IEE
 
Quinta-feira, dia 26 de maio

- 9hs : Reunião do comando de greve de São José na Fundação Municipal de Esportes SJ (na Avenida Beira Mar SJ).
- De 14h às 18h : Pedágio da greve com distribuição de carta aberta à população.
Locais: Em São José: Na Avenida Central. Em Florianópolis: Na frente do IEE, na Mauro Ramos.


Quinta-feira dia 27 de maio 
- 9h: Visita as escolas de São José e Florianópolis. Participem! Concentração as 9:00 horas no SINTE (Rua Vidal Ramos, 5 andar, Centro. Proximo ao Teatro Alvaro de Carvalho).
-14h: Concentração na frente da SED as 14h.



Segunda-feira, dia 30 de maio. DIA “D”

- 9h às 18h : Ato na praça Tancredo Neves, em frente à Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina para forçar a abertura de novas negociações. Levar coisas para passar o dia (comida, futebol, cartas, churrasco, brechó, atividades culturais, fiquem a vontade para criar).
- 15h : Presença de Amanda Gurgel (Professora do Rio Grande do Norte).
- Depois da vigília : Ato das luzes caminhada até o
TICEN. Todos de roupa branca e com velas.

domingo, 22 de maio de 2011


Colombo: Pague o piso ou pague o preço! Se não tiver aumento vai ter greve!

A aprovação do piso nacional é fruto de nossas lutas, e não abrimos mão de sua implementação imediata, mas acreditamos que ele ainda é baixo. Em outros estados como RJ, SP e DF os professores já ganham acima desse piso há muito tempo. Nós da CSP-Conlutas na Educação defendemos a aplicação imediata do piso aprovado pela justiça, rumo ao piso do Dieese, R$2,200 reais para 20 horas, o salário mínimo para termos uma vida digna.
Aprovamos em assembleia no dia 7 de abril que daríamos ao governo até o dia 11 para apresentar uma proposta de pagamento. O governo, desrespeitosamente, não apresentou nenhuma proposta! Nos exigimos: ou o governo paga o piso aprovado respeitando o plano de carreira e sem cortar os abonos, ou seja, dá um aumento de 95% para todos os trabalhadores em educação, ou enfrentará a força de nossa categoria.
A CUT, maioria em nosso sindicato, defende ficar eternamente negociando com o governo e optou por não lutar contra a secretaria da educaçãso. Achamos que isso está errado, não dá para ter ilusão na secretaria de educação ou no governo Colombo. Sem luta não virá aumento real. Nós da CSP-Conlutas na Educação defendemos que temos que aproveitar a disposição de luta dos trabalhadores em educação e sair da assembléia com a data da greve marcada! Vamos construir um calendário de luta para unificar a categoria e uma greve forte e radicalizada, com piquetes nas portas das escolas, protestos nas ruas e ocupação das secretarias da educação. Só assim ganharemos nosso piso.

Colombo que papelão tem dinheiro pra banqueiro, mas não tem para a educação!

Colombo tem dinheiro para tudo, mas na hora de pagar o piso diz que o orçamento não permite, que os cofres do governo estão vazios. E aí paga um salário muito baixo aos professores, trata a educação com descaso, e ainda bota a culpa da educação ir tão mal no professor. O governo do estado fala que não tem dinheiro, mas gasta 450 milhões por ano só para manter suas 36 Secretarias Regionais, fora os projetos que são verdadeiros presentes para as burguesias e oligarquias regionais. Quanto à arrecadação de impostos a sujeira é ainda mais escandalosa, só em 2011, Colombo vai deixar de arrecadar 4,2 bilhões em renuncia fiscal! O governo cobra autos impostos dos trabalhadores e do povo, principalmente nos alimentos, combustíveis e tarifas, e Isenta empresários e banqueiros de pagar! Depois diz que não tem dinheiro! Que prioridade tem esse governo?
Com 4,2 bilhões em isenção fiscal daria para pagar o nosso piso, respeitando o plano de carreira por mais de 4 anos!* 
*Fonte: secretaria de estado da fazenda www.sef.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1666&Itemid=82

Qual o plano de Colombo e Dilma para a educação?

O projeto de Dilma e Colombo para a educação é de continuidade dos outros governos, de ataque aos direitos dos trabalhadores e corte de verbas. Diminuindo ano a ano a qualidade na educação e caminhando a passos largos para a privatização. Dilma além de dificultar nossas vidas com o aumento da inflação, cortou 3,1 bi da educação, dificultando o pagamento do piso. Já Colombo usa o dinheiro da educação ilegalmente, para pagar aposentadorias, pois os governos roubaram o fundo IPESC que deveria financiá-las. Essas medidas somadas a meritocracia e a municipalização do ensino fundamental, dividem as nossas forças e aumentam a escala de precarização e violência nas escola, empurrando os pais a colocarem seus filhos em escolas pagas e na prática privatizando o que deveria ser um direito.

domingo, 1 de maio de 2011

Mobilização do dia 28 de abril foi vitorioso em Florianópolis/Santa Catarina.

          Mesmo com a chuva, os trabalhadores em educação organizaram um protesto em frente a sede regional da secretaria da educação com 400 pessoas na tarde do dia 28 de maio. A manifestação exigiu o pagamento imediato do piso nacional aprovado pela justiça, alem de outral paltas como: aumento do vale-alimentação, melhores condições de trabalho, revogação da lei do ACT, dentre outras.
Logo após a manifestação se uniu a trabalhadores de outras areas  e a juventude, e tomou às ruas numa grande passeata unificada que reuniu mais de mil e quinhentas pessoas, da capital e de diferentes cidades do interior do estado, como parte do calendário nacional de luta  unificado. A manifestação unificou diversas categoria junto com os trabalhadores em educação para dizer não ao corte de 50 bilhões dos serviços públicos, incluindo 3,1 bi da educação. Alem disso o ato tambem questionou o aumento da inflação e os ataque dos governos aos direitos históricos dos trabalhadores.
          A CSP-Conlutas-SC destacou-se com as suas bandeiras e palavras de ordem, como: “é pra unir é pra lutar por aumento de salários e pra vida melhorar” e "Colombo e Dilma que papelão tem dinheiro pra banqueiro mas não tem para a Educação". Estiveram paralizados neste dia 28 e enchendo as ruas da capital nós, os trabalhadores em educação da grande Florianópolis e região sul, os trabalhadores técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina, servidores das Escolas Tecnicas Federais – IFSC, os servidores do IBGE, os servidores municipais de Florianópolis, que estão em campanha salarial , os motoristas e cobradores de onibus que no momento do ato em frente ao Terminal de Ônibus,paralisaram parte dos ônibus e uma representação da juventude convocada pela ANE-L, que luta contra as absurdas tarifas de ônibus que acabam de aumentar.
          Também participaram e assinaram um manifesto do dia 28 entidades como o Sinergia, Andes-SC, Sindprevs, SINDPD, Sindsaúde, Aprasc, Assembléia Nacional dos Estudantes Livres-Anel, Frente de luta pelo Transporte público, a Intersindical, o PSOL e PSTU.
          Durante a passeata e as falações das entidades, era visível a animação e a alegria dos trabalhadores por novamente terem conseguido unificar várias categorias em uma só luta. O sentimento foi de um movimento vitorioso e de fortalecimento da unidade entre os lutadores/as.
          Com as informações, Gilmar Salgado Dos Santos – Secretaria Executiva da CSP-Conlutas-SC, membro da oposição da Casan/Sintaema-SC

Lutamos pelo piso nacional e contra os ataques dos governos Dilma e Colombo.

          O governo Dilma gerou a expectativa de que a vida podia mudar, mas logo no começo de seu mandato já frustrou nossas esperanças. Cortou 50 Bilhões do orçamento da união, sendo 3,1 bilhões da educação, esse dinheiro vai servir para aumentar o superávit primário, ou seja, será desviado para pagar a “dívida” com os bancos estrangeiros. Estes cortes irão afetar a nossa vida aqui em Santa Catarina, piorando a saúde, educação e demais serviços públicos. De que lado este governo está? O governo federal ainda por cima está atacando os trabalhadores com corte de concursos públicos, congelamento salarial dos servidores, reforma da previdência e alta da inflação. Desta forma o governo Dilma dá sinal verde para os ataques dos governadores e prefeitos.
Aqui em Santa Catarina a situação é crítica. O governo Colombo está privatizando e terceirizando vários serviços públicos como a água, a energia elétrica e os hospitais, e se nega a pagar o piso dos professores, que, convenhamos, é muito baixo, e diz que não tem dinheiro, mas ao mesmo tempo gasta milhões com as 37 secretarias regionais, que nada mais são que cabides de emprego. Colombo ainda acena que vai municipalizar a educação estadual e fará uma reforma administrativa para entregar setores estratégicos do governo como a CIASC para empresas terceirizadas.
Colombo(DEM) já fala publicamente que é base do governo Dilma(PT/CUT), isso pode deixar o nosso sindicato (SINTE) paralisado frente aos ataques do governo, pois a sua diretoria majoritária é da CUT, que defende o governo incondicionalmente. Nenhuma confiança no governo Colombo! Exigimos que a direção majoritária do SINTE faça como nós da CSP-CONLUTAS, que vá às escolas preparar a nossa assembleia do dia 11 de maio. Com muita luta conquistaremos o piso.

1º Encontro Catarinense da CSP-Conlutas avança à unidade dos trabalhadores

          A Central Sindical e Popular – Conlutas/SC foi fundada em Santa Catarina no último 16 de abril em um encontro em Florianópolis, que contou com a participação de mais de 100 ativistas do estado representando 21 entidades, e oposições. A CSP-Conlutas é uma central que surgiu no ano de 2006 para ajudar na luta dos trabalhadores, unificando nossas lutas. Pois precisamos de independência dos governos e patrões e democracia para lutar sem trégua por melhorias econômicas aos trabalhadores e em direção à sociedade socialista. A criação da CSP-Conlutas se faz necessária porque hoje o governo, por meio da CUT, dirige a maioria dos sindicatos. É preciso nos organizarmos para expulsarmos o governo de dentro dos sindicatos e coloca-los de volta na luta pelos interesses dos trabalhadores. Na CSP-Conlutas estão sindicatos, movimentos populares, sem teto, movimentos contra a discriminação racial, mulheres, LGBT e juventude. A oposição à maioria da coordenação estadual do SINTE esteve presente com mais de 30 trabalhadores em educação e começamos a construir um coletivo de professores, o CSP-Conlutas na educação. Participe, já estamos organizando esta manifestação junto com a classe trabalhadora e agora nos esforçaremos para construir a assembleia no dia 11 de maio para garantir a conquista do piso salarial aprovado. Estaremos junto dos professores, sempre na luta. Até breve, a luta só está começando.