Porque os professores estão em greve?
A educação catarinense vive uma situação cada vez mais precária. Sofremos com a falta de professores, salas de aula lotadas e falta de infra-estrutura. Veio se somar a estes problemas a recusa do Governo Colombo em pagar o piso salarial nacional que conquistamos, com muita luta, na Justiça.
O cumprimento da Lei vai valorizar a educação. Profissionais melhor remunerados educam melhor, podendo reduzir sua carga em sala de aula e se dedicar ao planejamento das aulas e atendimento dos alunos e dos pais.
Nas negociação governo Colombo ataca plano de carreira dos professores!
As propostas feitas pelo governo não atendem as necessidades dos professores. Colombo quer acabar com o plano de carreira dos profissionais da educação e com outros prêmios, direitos conquistados em lutas anteriores. O fim do plano de carreira (aumento do salários conforme aumentamos nossa formação) desestimula a formação dos professores, pois um profissional só com 2º grau ou com doutorado receberiam praticamente o mesmo salário. Quem perde são os estudante que vão estudar em escolas com professores sem formação.
Os 14 mil professores reunidos em assembleia estadual, a maior da história de SC, decidiram rejeitar as propostas do governo e encaminhar uma proposta da categoria, que nada mais é do que o cumprimento da lei do piso, respeitando o plano de carreira, mas aceitando que o governo pague os valores parceladamente.
Tem dinheiro para empresário mas não tem para a educação.
O governo está contando de novo a velha história de que não tem dinheiro. Sabemos que o problema do dinheiro é uma questão de prioridade, afinal somos o 7° estado mais rico do país e o governo despeja milhões na mão dos empresários. Colombo deixa claro que a sua prioridade não é a educação, pois nem o minimo exigido pela lei (25% das verbas do governo) ele aplica na educação. Por outro lado as Secretarias de Desenvolvimento Regional, gastam meio bilhão por ano, o governo vai dar 4,2 bilhões em isenção fiscal para os empresários importadores de produtos chineses e para completar desvia dinheiro do FUNDEB (fundo criado para investir na educação) para outros órgãos como: Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas. Ou seja, o salário dos professores está sendo repassado aos deputados! Finalmente, lembramos que o salário dos professores em SC é o 4º pior do Brasil.
O que faz o governo federal pode fazer para melhorar a educação?
Santa Catarina não é o único estado onde a educação vai de mal a pior, não é por acaso que o relato da professora Amanda Gurgel a respeito da situação das escolas e educadores causou imensa comoção. A precarização da educação é aplicada pelos governadores mais é uma politica nacional, impulsionada pelo governo federal. Por isso exigimos que o Governo Dilma garanta que o os estados, municípios, e o próprio governo federal invistam 10% do PIB na educação, reveja a dívida pública de Santa Catarina com o governo federal, que consome 13% de nosso orçamento e derrube a lei de responsabilidade fiscal, que proíbe os estados e municípios de gastarem em serviços públicos, para que esse dinheiro seja repassado ao governo federal e usado para pagamento da dívida pública interna e externa à grandes bancos e empresários.
O que os profissionais de educação querem?
Os professores e trabalhadores em educação querem que o governo invista na educação e cumpra a lei pagando o piso e respeitando o plano de carreira. Exigimos uma educação pública gratuita de qualidade e para todos. Valorizar a educação é bom para o professor, e bom para os estudantes e é bom pro conjunto dos trabalhadores.
Para isso convidam todos os pais, estudantes e trabalhadores a participar dessa luta. Somente juntos conseguiremos conquistar uma educação de qualidade. Nós faremos tudo para resolver esta situação o mais rápido possível. Só depende do governo!
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